Orgulho no Mês da Consciência Negra
Consciência negra é um termo que ganhou importância em razão da luta de movimentos sociais que atuavam pela igualdade racial na década de 70, como o Movimento Negro Unificado (MNU).
A criação do movimento em 1978 é marco histórico do enfrentamento à ditadura que torturou e matou Robson Silveira da Luz, trabalhador e pai de família, sob a acusação de que ele havia roubado frutas numa feira.
Durante as reuniões que levaram à criação do Movimento Negro Unificado, outras pautas relevantes foram levantadas, como a necessidade de maior participação democrática, a existência de racismo perpetrado pelos meios de comunicação e pelo mercado de trabalho, que pagava menos ao trabalhador negro em relação aos brancos.
O Movimento Negro Unificado teve participação fundamental na discussão da Constituinte. Buscando não apenas a garantia de uma igualdade formal que perpetua desigualdades, mas o reconhecimento de um passado escravagista que impõe ações afirmativas ao Estado.
Falar de consciência negra é relembrar a luta de heróis nacionais como Zumbi, a ancestralidade do povo de origem africana e a resistência no país que os escravizou durante séculos.
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O mês da Consciência Negra, representa uma intensa luta por direitos. Podemos destacar as cotas raciais, o ensino obrigatório da História e cultura Afro-Brasileira nas escolas e a imprescritibilidade do crime de racismo e de injúria racial, conforme recentemente entendimento do Supremo Tribunal no julgamento do Habeas Corpus 154.248.